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Actualidade empresarial
Portugal ascende no ranking do Investimento Direto Estrangeiro
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- Criado em 26-02-2024
Segundo a última edição do EY Attractiveness Survey Portugal, da Ernest & Young, o ano de 2022 foi aquele em que, desde 2018, mais projetos de Investimento Direto Estrangeiro (IDE) se concretizaram em Portugal - 248. Excede os 200 projetos de 2021, que por sua vez significavam já um importante crescimento face aos anos anteriores.
Mais ainda, o salto de 2022 foi o maior entre as 10 maiores variações registadas na Europa, projetando Portugal para a 6ª posição absoluta – duas acima do ano anterior – enquanto destino de Investimento Estrangeiro. Está ainda muito longe dos 1259 projetos captados pela França, ou dos 929 do Reino Unido, os dois maiores angariadores europeus, mas, por exemplo, bastante próximo dos 324 captados por Espanha (que é quase 5 vezes mais populosa e tem um PIB 6 vezes maior).
Os 6 maiores investidores mantiveram-se, ou seja, com a Alemanha e Estados Unidos com mais de 30 projetos de investimento cada um, no ano 2022.
Adianta ainda o referido levantamento, que pontificam como principais setores destinatários:
- o software e serviços IT, com 99 projetos, confirmando a atratividade do país na economia digital e contribuindo para uma economia nacional mais sofisticada, assente em serviços avançados;
- os serviços às empresas e agentes equiparados;
- o fabrico e fornecimento de meios de transporte;
- o setor financeiro (por um lado respeitando aos Fundos de Investimento que estão a estabelecer a sua operação em Portugal de forma a estarem mais próximos do crescente ecossistema de startups nacional, e por outro derivando da procura das fintechs por um mercado para desenvolver e testar as suas soluções de negócio inovadoras);
- os transportes e logística.
A Economia digital é vista por mais de metade dos Investidores (52%) como o setor que irá alavancar o crescimento da economia portuguesa nos próximos anos. É uma tendência que se mantém constante com o ano anterior, onde o setor assumiu a liderança, ocupando o lugar que pertencia ao setor do Imobiliário.
As razões que tornam Portugal num país atrativo são diversas, mas passam sobretudo pela qualidade de vida ou a estabilidade social, apontadas em 28 por cento das respostas dos investidores, mas também pelas infraestruturas de telecomunicações e, ainda, a capacidade de as empresas encontrarem no país o talento adequado à sua atividade.
Olhando para a frente, o EY Attractiveness Survey Portugal 2023 aponta cinco áreas de aposta para a atratividade de Portugal no futuro, enfatizando a dinamização de fatores de atratividade do país e garantindo a mitigação dos entraves que ainda se colocam à captação de IDE em Portugal:
1-Dinamizar apoio a potenciais investidores externos;
2-Impulsionar o talento e a educação, nomeadamente nas competências que enfrentam maior procura;
3-Reforçar o posicionamento de Portugal na sustentabilidade ambiental;
4-Promover um sistema fiscal concebido para atrair e apoiar investimentos;
5-Promover a inovação através de networks e talentos especializados.
(nota: documento completo em https://www.ey.com/pt_pt/attractiveness/ey-attractiveness-survey-portugal-2023)